DEUS CRIADO(R)?

Por: Gabriel Miranda de Souza
 
Leia: Salmos 19:1-6

Certa feita um evangelista se deparou com um rapaz bem chato e cético, que o interpelou exigindo que o jovem evangelista o mostrasse que Deus existe e dizia que queria ver Deus naquele momento. O jovem moço ficou pensando por um breve momento e perguntou se o cético realmente queria ver Deus que o respondeu já bravo que queria sim. Então o evangelista deu um soco na “boca do estômago” do cara que gritou: “aí que dor. Nossa muita dor”, então o rapaz evangelista lhe perguntou: “se está doendo, mostre-me sua dor, quero vê-la agora” e continuou dizendo: “meu amigo, assim como você não vê, mas sabe que ela existe, de forma igual é Deus, você não o vê, mas sabe da sua existência”. (Lembrando que isso é uma mera ilustração cômica e até falha, pois sentir Deus não é sentir dor, mas sim sentir renovo e alegria infindável).

Em tempos como este em que vivemos tem sido cada vez mais complicado ou até constrangedor, falar de Deus, seja porquê de pessoas que prestam um desserviço enorme ao reino do Senhor, seja porquê – infelizmente – tem crescido o número de vozes que se dispõem a zombarias acerca da santa palavra, pessoas que procuram desacreditar a nossa fé, tais pessoas que se intitulam cultas, na verdade são mente curta. Surge, com isso, uma questão que deve ser esclarecida: “existe um Deus que criou tudo ou nó é que inventamos Deus para justificar as coisas que não conseguimos explicar? Nosso Deus é o criador ou é o produto de nossa imaginação?”.

A teoria do Big-Bang foi criada na tentativa de se encontrar alguma alternativa para a explicação e esclarecimento dos mistérios do universo e da própria existência, descartando, assim, a existência do sobrenatural criador. Com isso afirma-se que o mundo é obra do acaso. Me pergunto se eles realmente acreditam que a matéria – que ninguém sabe de onde veio –, um dia esquentou, explodiu, espalhou-se, esfriou e transformou-se em sois, estrelas, planetas e luas. E justamente, por obra da sorte, em nosso planeta a vida simplesmente começou a existir e passou a se desenvolver de forma evolutiva, até chegarmos ao estágio atual. Contudo percebemos que é necessário ter mais fé para acreditar nisso do que para acreditar em um Deus soberano, capaz de criar com perfeição tudo que existe. A natureza e o universo, como um todo, testemunham a existência de Deus. (Isaías 40:26; Salmos 19:1-6).

O universo e tudo que há nele é perfeito demais para ser mera obra do acaso. As inúmeras descobertas séculos a dentro, nos deixa cada vez mais embasbacados, desde as mais ínfimas partículas subatômicas das cadeias de DNA, da biotecnologia molecular até o alcance do super-telescópio Hubble. Estes testemunham, uma perfeição tão esmerada e nos mínimos detalhes, que só podem apontar para a existência de um Ser Criador. Há pouco tempo conversava com um amigo meu que cursa enfermagem, ele já congregou na mesma igreja que eu, e ele disse: “quando estudamos genética, torna-se impossível negar a existência de Deus, porque temos todas as chances de dar errado, em nossa formação, mas os casos onde isso acontece são pouquíssimos. Veja só, se for um cromossomo a mais, ferrou; se for um a menos, também; se for um trocado de lugar com outro, da mesma forma ferrou e se for um pela metade, ‘danô-se’. Temos 4 pra 1 de chance de dar errado e virmos totalmente defeituosos, mas como disse isso é raro”. Acredito que ele disse tudo nessa fala.

O universo não apenas existe, mas também funciona em harmonia, sincronismo equilíbrio. Lembro-me muito bem das minhas aulas de Geografia com a professora Geisa Fidelis – excelente professora, diga-se de passagem – e certa feita ela nos explicou que se a inclinação da terra fosse um grau a mais ou a menos ou se o movimento de rotação e translação fosse mais devagar parte da terra seria congelada enquanto a outra pegaria queimaria, e se, o movimento fosse mais rápido afogaríamos ou morreríamos debaixo de escombros, pois se sucederia terremotos e tsunamis a todo momento. Coisas como essas torna a real e vivida o fato de que não pode ter sido ao mero acaso. (Romanos 1:20).

A natureza revela todo um planejamento inteligente onde tudo funciona maravilhosamente bem. Tal testemunho fez o cientista P.C.W. Davis indagar em seu livro Universo feito sob medida: “por que tudo se encaixa tão bem? Parece até que alguém fez o universo, tamanha é a sua perfeição”. (p. 6-10). Supor que a natureza seja obra do acaso é como jogar as peças de um relógio sobre uma mesa e esperar que elas, por conta própria, resolvam se juntar adequadamente e formar um relógio de precisão. A natureza é perfeita porque foi criada perfeita. A natureza testemunha existência de Deus.

Assim como a natureza testemunha a existência Deus, de igual forma a humanidade também testemunha a existência do Deus soberano e criador. O ser humano é diferente de qualquer outra criatura, em qualquer tempo e lugar; até mesmo o chamado “homem primitivo” se destacava de qualquer outra criatura, prova disso são as pinturas e utensílios fabricados por eles. O homem supera animais tanto em inteligência quanto em caráter, espiritualidade, consciência moral, discernimento entre o certo e o errado – apesar de que alguns humanos não fazem uso, mas ainda assim são exceções e devemos trata-los como tal –, o senso de culpa e a satisfação em praticar o bem.

Nunca se ouviu falar em macacos ou cachorros e vacas buscando significado para suas vidas ou se empenhando para manter contato com o criador em um ato religioso. Tudo o que temos e somos não é fruto de evolução, mas são aptidões capacidades especiais conferidas por Deus. Nunca se ouviu falar em zebras ou guepardos registrando sua história em cavernas ou coisa do tipo. Então podemos dizer claramente que a humanidade testemunha Deus através de sua própria superioridade. Tudo que traz dignidade ao homem: honra, inteligência, caráter, criatividades, sensatez, talentos, personalidade, tudo isso foi dado por Deus e quanto reconhecemos a essência valorosa disso, podemos perceber o planejamento perfeito do Criador. Quanto mais o homem insiste em negar a presença de Deus em sua natureza, mas se assemelham aos animais nos atos que praticam.

As escrituras testemunham a existência de Deus. (João 5:39). A bíblia não é, de forma alguma, um livro suspeito para falar de Deus, como alegam os céticos. Diferente do que pensam a bíblia desafia nossa inteligência, observação e senso crítico para que observemos as evidencias de um criador na complexidade da perfeição do planejamento do universo. (Salmos 19:1). A bíblia não começa com argumentos ou provas da existência de Deus, muito pelo contrário, ela começa com o próprio Deus criando: “no princípio criou Deus” (Gênesis 1:1). Com isso é importante dizer que as sagradas escrituras não trazem uma narrativa, como se alguém estivesse descrevendo o Senhor à nós, mas ela é auto revelação que Deus faz de si mesmo. E tal revelação traz impacto, mudança de vida, regeneração, renovo e salvação. (Hebreus 4:12).

Existem argumento e provas de sobra para a testar a existência de Deus, basta abrir os olhos e usar também a inteligência lógica. Podemos comentar sobre a complexidade e perfeição do universo. Podemos falar sobre a beleza, harmonia e equilíbrio da natureza. Podemos citar, também, a singularidade da raça humana. Podemos apresentar os irrefutáveis argumentos bíblicos e do poder que estas palavras demonstram. Mas o melhor de todos os argumentos é a transformação que Deus produz na vida daqueles que depositam, nEle, sua fé.

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