GRAÇAS A DEUS SOMOS FRACOS

Francis Chan

Fui lembrado da fragilidade da vida na época do nascimento de meu quarto filho, o único do sexo masculino. De repente, nossas garotinhas queriam leva o irmãozinho aonde fossem. Eu e minha esposa dizíamos a elas o tempo todo que tomassem cuidado porque ele era frágil. Comecei a me perguntar quando ele deixaria de ser frágil. Quando tivesse dois anos? Oito? Quando chegasse ao ensino médio? Quando começasse a cursar faculdade? Quando casasse? Quando tivesse filhos também?

No fim das contas, a vida mão frágil o tempo todo? Ela nunca está sob nosso controle. Mesmo quando eu me sentava e abraçava meu filho, percebia que não tinha como determinar se ele amaria Deus ou não.

Em última análise, tenho pouco controle sobre minha vida e sobre o que pode vir a me acontecer. Não seria mais fácil, a essa altura, começar a viver de modo mais reservado, seguro e controlado? Não seria o momento de parar de assumir riscos e passar a viver em função do medo e das coisas que podem me acontecer?

Enclausurar-se é uma das possíveis reações, a outra é reconhecer nossa incapacidade de controlar a vida e buscar a ajuda de Deus.

Se a vida fosse algo estável, eu jamais precisaria da ajuda de Deus. No entanto, como não é assim que a coisa funciona, o busco o tempo todo. Sou grato pelas coisas que desconheço e por outras sobre as quais não tenho controle, pois elas me fazem correr em direção a Deus.

Apenas a título de pôr em perspectiva a brevidade de nossa vida:

Ao longo do tempo, algo entre 45 bilhões e 125 bilhões de pessoas já viveram na terra. Dentro de cerca de cinquenta anos (esse período pode variar em duas décadas para mais ou para menos), ninguém se lembrará de você. Todas as pessoas que conhece estarão mortas. Com certeza, ninguém se importará em saber qual foi a sua profissão, que carro você dirigia, que escola frequentou e que roupas vestiu. Isso pode ser tão assustador quanto motivador – ou mesmo uma mistura das duas coisas.

Portanto, embora Deus nos tenha concedido esta vida – essa cena fugaz em seu filme –, ainda esquecemos o fato de que não estamos no controle.

Fonte: Extraído do livro Louco Amor, Francis Chan. Editora Mundo Cristão.

Leave a Reply

Fale conosco

cristofilococus@outlook.com
Você está autorizado a reproduzir este material desde que referencie e não altere o conteúdo. Tecnologia do Blogger.