SÓ UM SOPRO
Por: Gabriel Miranda de Souza
Leia: Tiago 4:13-14
As únicas pessoas que pensam sobre seus rins são aquelas que enfrentam problemas renais. Tenho um amigo que teve pedra nos rins e pude, em poucas vezes, sentir a dor que ele sentia olhando para ele e conversando com ele, mas hoje quando pensei em escrever essas linhas queria saber dele se a afirmativa do começo era verdadeira. Então o perguntei se antes dele ter problemas nos rins, ele pensava com carinho neles, e ele, de pronto, deu uma risada e respondeu que não, como eu até imaginei que seria a resposta.
As vezes pensar na morte nos faz viver de verdade – não dizendo que ele irá morrer, mas acredito que a dor a qual ele, volta em meia, sente é o suficiente para umas reflexões de vez em quando. Sempre pensamos sobre nosso dia como mais um dia, porém gostaria de instiga-lo(a) a experimentar seu dia como um dia totalmente diferente; um dia o qual você entende que tudo que acontece é decisivo para que você se mantenha vivo e com saúde, tudo tem que ocorrer bem para que você esteja vivo ao fim do dia; um dia onde absolutamente tudo, – seja algo do seu corpo como funcionamento dos órgão e dos sistemas, os quais qualquer coisa mínima que saia do eixo faz desandar toda a saúde; seja coisas externas, como o seu atraso para sair de casa que fez com que você não colidisse com outro carro por estar apressado ou até mesmo o momento em que você parou um tempo a mais pra conversar com um amigo e foi crucial para que uma arvore ao cair não lhe atingisse –, deve correr de forma perfeita.
Por pensar nossos dias como banais, nem prestamos atenção nos cuidados e livramentos de Deus para conosco. Assim como o pastor Francis Chan diria: isso não seria pensar a vida morbidamente ou de forma pessimista, mas sim de forma realista, pois nossa realidade é nossa finitude que está totalmente sob a vontade e a soberania do Senhor. Acredito que na verdade pensar dessa forma seria reconhecer o amor de Deus por nós desde as pequenas e simples coisas, até às grande e complexas coisas. Somos pó, bastando um sopro divino e nos esvaímos com o vento, mas parece que Deus tem prendido sua respiração ao máximo tempo possível.
