Ao ler esse relato bíblico acredito que seja tendência nossa questionarmos o seguinte: por que Jesus teve misericórdia dos demônios? Por que Jesus atendeu à suplica dos demônios? E só focamos nesse trecho da história e esquecemos do restante do relato. Confesso que já foquei somente nesse trecho e por isso não conseguia compreender o ensinamento que o texto traz.

É incrível como não hesitamos em escolher como iremos tropeçar. Incrível como o mais lógico torna-se ilógico, ao invés de escolhermos aquilo ou, nesse caso, aquele que nos prometeu vida eterna, prometeu nos consolar quando preciso fosse, aquele que nos amou de uma forma tão sublime e incondicional, escolhemos a nós mesmos com nossas concupiscências, falhas e imperfeições; temos a tendência sempre de ir em direção ao mal, ao que é ruim, se Deus não intervir na situação. Escolhas partidas de nós mesmos são um salto para o abismo da perdição e trevas.

Os gerasenos pediram para Jesus se retirar de suas terras porque eles perderam muitos porcos, ou seja, entre os porcos e Jesus eles escolheram os porcos. Eles viram e souberam da grandiosidade do ato anterior de Jesus, que foi expulsar os demônios do garoto, mas ainda assim preferiram os porcos. E assim tem-se sucedido hoje, muitos não querem Jesus, mas querem viver por sua própria conta e risco, querem viver sempre debaixo de sua carnalidade, querem viver de forma impiedosa, querem viver como os porcos, na imundície do pecado. Sobre estes sobrevirá repentina destruição.