5 PONTOS DO CALVINISMO – PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Chagando ao fim da série sobre os cinco pontos do calvinismo, veremos agora a finalização de toda a obra redentora de Cristo e no que ela culmina. Depois de todo o caminho que foi percorrido fecharemos falando da salvação. Será que essa salvação é de fato para sempre? Uma vez salvo, salvo para sempre? Mas e se pecarmos, como poderemos dizer que somos salvos? Veremos isso agora.
PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Pra ilustrar o pensamento arminiano podemos ver da seguinte forma: para os arminianos existem dois tipos de anjos, quando se trata da salvação, são eles, o “anjo escrivão” e o “anjo borrachudo”. O escrivão, na hora que o crente se converte, assina o seu nome no livro da vida, mas se ele cair em pecado, então entra em cena o anjo borrachudo que com uma borracha apaga o nome do ex-cristão do livro da vida. Obviamente foi uma brincadeira que fiz agora, mas perceba que dessa forma fica bem mais claro compreender essa “lógica” soteriológica arminiana.
O arminianismo ensina que o crente pode perder a sua salvação. Isso não pode ser segundo as Escrituras por um motivo obvio: os que Deus escolheu antes da fundação do mundo para a salvação, para serem conforme a imagem do seu Filho, foram eficazmente santificados, regenerados, justificados e não podem apostatar; não se perdem. Simples assim. Seria necessário esquecer tudo o que dissemos até agora.
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm.8:29); “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor...” (Ef.1:4); “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”. (Jo.6:37). E se alguém apostatar? “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; mas todos eles saíram para que se manifestasse que não são dos nossos” (1 Jo.2:19).
Lembre-se que Paulo afirma que “aos que predestinou, a estes também justificou, e aos que justificou, a estes também glorificou” Disse mais: “se Deus é por nós, quem será contra nós... porque estou certo de que nem a morte nem a vida... nem alguma outra cousa poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm.8:31-39).
Pense bem, se Deus salva os seus escolhidos antes da fundação do mundo como poderiam estes se perder? Se Deus determina salvar, se Jesus morre para salvar e chama exatamente os escolhidos, os eleitos para esta salvação, perguntamos: como poderão se perder? Pelo contrário, serão preservados para a vida eterna, para a glória do seu nome.
Assim entendemos a palavra do apóstolo Paulo; “...aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fp.1:6).
Como negar o que o próprio Jesus disse: “E a vontade do Pai que me enviou é esta: que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia” (Jo.6.39). Disse mais: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão”. (Jo. 10:28). Quando Jeremias fala na Nova aliança que Deus faria com seu povo, se referindo à Igreja ao sangue da Nova aliança citado por Cristo, em Jeremias 32. Ele se expressa da seguinte forma: “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim”. (Jeremias 32:40). Percebeu? Na Nova aliança, o povo de Deus, os eleitos, nunca se apartarão, “Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. (Rm.8:1)
Paulo disse: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la”. E Pedro arrematou: “Sois guardados pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação” (1 Pe.1:5).
Isto não foi Calvino que inventou, mas é o que a Palavra Santa de Deus nos ensina claramente. Este foi o ensino dos grandes missionários que o mundo conheceu - Willian Carey, David Brainerd. Os grandes evangelistas do passado como George Whitefield, Daniel Holland, Asael Netleton; pastores puritanos; escritores e teólogos piedosos, como Agostinho, Lutero, Calvino, Tyndale, Latimer, John Knox, John Bunyan, John Owen, Flavel, Jonathan Edwards, Newton, Spurgeon. E por falar em Spurgeon, vale fechar dizendo:
A antiga verdade pregada por Calvino a qual Agostinho pregou, assim como Paulo, é a verdade que tenho de pregar hoje, ou serei falso para com a minha consciência e meu Deus. Não posso moldar a verdade, não conheço algo como tirar as arestas de uma doutrina. O Evangelho de John Knox é o meu Evangelho; aquilo que trovejou pala Escócia deve trovejar pela Inglaterra de novo.
E eu completo deve trovejar também pelo Brasil. Assim seja.